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Learning Design


 

Você já ouviu falar em learning design? Não é de se surpreender se a resposta for não! Aqui no Brasil o termo ainda começa a aparecer em teses e pesquisas de algumas instituições, como por exemplo, a Escola do Futuro, da USP, que funciona como um núcleo de pesquisas pioneiro no estudo e desenvolvimento do ensino a distância no país.

O termo, ou melhor dizendo, a metodologia, já está sendo aplicada em diversas universidades dos Estados Unidos, como a universidade de Stanford, que oferece o mestrado The Learning, Design e Technology, com o objetivo de preparar profissionais paraprojetar e avaliar ambientes educacionais que empregam tecnologias para um ambiente de ensino colaborativo.

Mas afinal, o que significa learning design? De acordo com a tese de doutorado de uma aluna da PUC-SP, Maria Paulina de Assis, “a designação learning design é ampla e ambígua, pois significa processo e produto – ou artefato – tecnológico ou não – de uma série de decisões tomadas por professores no planejamento de suas práticas pedagógicas”.

Seu principal objetivo pode ser definido como “ensino colaborativo”, pois busca a troca de experiências entre professores, para que se apoiem mutuamente e fomentem a pesquisa e a inovação na prática pedagógica.

Além disso, o learning design permite que o ensino em sala de aula se torne mais amplo com a inclusão de ferramentas tecnológicas, que ajudam os estudantes a partilhar conhecimentos e, com isso, terem um aprendizado muito mais consistente. A sala de aula torna-se um local onde todos podem colaborar com experiências, abordando desde a rotina de estudo de cada um, até debates sobre os temas estudados em sala de aula.

O learning design pode ser aplicado de diversas formas, seja em blocos de papel ou ferramentas tecnológicas, mas independente disso deve ser organizado de forma que outros leitores possam aplicar seus conhecimentos.

No entanto, há algumas ferramentas digitais que podem auxiliar o professor nesse processo, como o LDSE (learning design support envinroment), um software que proporciona um ambiente organizado de forma com que o professor possa incluir planejamento de aulas, experiências de boas práticas, permitindo também que outros tenham acesso a ele e incluam também seus materiais. Essa troca de experiências permite que o ensino como um todo melhore, pois faz com que os professores “aprendam um com o outro” e transmitam esses novos conhecimentos em sala de aula.

Na prática, o ensino colaborativo pode ser aplicado de diversas formas, entre elas destacam-se:

– IMS Learning Design (IMS LD), um padrão internacional do método que auxilia educadores a criarem suas próprias plataformas de aprendizagem;

– Ensino colaborativo e ativo;

– Ensino baseado em problemas;

– Ensino por jogos;

– Acompanhamento de execução em tempo real;

– Formas alternativas de avaliação.

Todas essas ferramentas transformam o ensino e a figura do professor, como o detentor do conhecimento, naquele que troca experiências com seus colegas e alunos, com o objetivo de melhorar o processo de ensino-aprendizagem por meio de inovações em sala de aula.

Para que esse processo aconteça, segundo tese de Maria Paulina de Assis, “é necessário que os professores se comprometam a dominar as tecnologias digitais e isso envolve uma mudança na prática pedagógica”. Para ela, uma alternativa seria disponibilizar aos professores ambientes de apoio para elaboração de métodos, técnicas e escolhas de recursos a serem utilizados em sala de aula. Esses ambientes são um exemplo de como o learning design pode ser aplicado.

“O planejamento pedagógico é de cada professor, mas haveria um ambiente em que ele estruturasse este planejamento para que ficasse à disposição no futuro e também a outros profissionais”, comentou Maria Paulina. Ela defende que esses ambientes são importantes para que o professor possa usar as tecnologias digitais de forma que promovam a aprendizagem ativa, motivadora e produtiva para o estudante e possibilitem experiências positivas ao professor.

Por onde os professores devem começar? De acordo com Jaime Balbino, na palestra “Learning design: conceitos e práticas”, deve iniciar aplicando os conceitos em sala de aula e no dia a dia, formando redes de conhecimento e comunidades de prática.

London Knowledge Lab. This is an early release of the Learning designer suite of tools. Please be aware that only part of the envisaged functionality is currently working. Disponível em: <http://learningdesigner.org/>. Acesso em: 30 de maio de 2016.

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