A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA É INOVADORA?
As modalidades de avaliação Segundo especialistas em processo avaliativo, avaliar pressupõe diagnosticar para observar comportamentos, atitudes desempenhos, na expectativa de ao final do processo de aprendizagem analisar os dados apurados sob o olhar da revisão pedagógica, das mudanças necessárias para melhoria contínua da qualidade educacional.
Desse modo, pode-se compreender que para avaliar é preciso colocar em prática as modalidades:
a) Diagnóstica – Investigativa, previsão, o perfil do aluno e tendências na aprendizagem
b) Contínua ou Formativa – diagnóstica diária, o comportamento diante do processo
c) Final ou Somativa – os resultados, onde nós erramos, o que precisamos mudar para melhorar a qualidade A despeito da necessidade de apropriação conceitual sobre as modalidades avaliativas, o avanço das nTICs1 , de certo modo, traz para reflexão novas perspectivas e potencialidades à essas modalidades, resultado do forte apelo pedagógico da mediação tecnológico-midiática na aprendizagem a distância.
Assim, acredita-se que seria prudente refletir sobre questões do tipo: Na sua prática docente você como educador-professor descobriu outra ou outras além dessas?
Que efeito de mudanças conceituais a mediação tecnológica pode trazer no processo avaliativo da aprendizagem a distância? Os critérios: a essência.
Para finalizar a contextualização e os elementos básicos do processo avaliativo, apresenta-se a seguir os critérios que do ponto de vista avaliativo podem ser considerados como a essência da natureza pedagógico-educacional, podem ser traduzidos como os pilares de sustentação e orientação na busca de uma avaliação que ampare uma aprendizagem significativa e ativa.
Além disso, os cuidados com os critérios de uma avaliação definem o nível de qualidade e zelo com a educação e seus atores, destacando em suas composições aspectos relevantes como os objetivos da avaliação - o que vou avaliar: aprendizagem ou contextos? Ou os dois? Como vou avaliar: quais instrumentos? Quais métricas atribuem-se aos indicadores para uma aprendizagem significativa? O que precisamos mudar e melhorar continuamente, a partir do diagnóstico diário para obter melhores resultados?
São vários os pensamentos sobre a educação a distância que mudam de acordo com as práticas dos pensadores e usuários. Particularmente, defino a educação a distância como um sistema educacional mediado tecnologicamente, cuja aprendizagem acontece em espaços e tempos diferenciados, sem necessariamente existir as presenças físicas do professor e do aluno.
Em relação aos modelos da educação a distância, considerando o aspecto presença física do professor e o sistema avaliativo, seus idealizadores vêm nos últimos anos diversificando suas práticas de modo a redefinir a organização de seus método em basicamente três modelos:
O Modelo Baseado nos Artefatos da Internet - que recebe o apelido de aprendizagem online, em cujo cenário a presença física do professor não existe. A 5 interação, colaboração e cooperação são articulados em espaços virtuais denominados de “nuvens da aprendizagem” podendo no modelo pedagógico de apoio existir momentos de autoaprendizagem e de tutoriais instrucionais.
Muito utilizado na mais nova encarnação da pedagogia massiva os MOOCs - Cursos Online Abertos e Massivos.
Há, também, experiências com esse modelo em cursos com o objetivo de aprendizagem corporativa ou e-learning, em grupos menores e com metas de aprendizagem bem definidas. Nesse caso, o elemento “massivo” não é considerado, destacando especialmente a autoaprendizagem.
A avaliação nesse modelo é diferenciada tendo como referência a capacidade de autonomia e autoaprendizagem do aluno, valorizando a capacidade de busca, de interação e compartilhamentos. Via de regra, o desempenho na aprendizagem não é medido, salvo com a opção de certificação da instituição que oferece o curso.
Na educação corporativa o certificado pode ser dispensado, mas há uma cobrança em relação às mudanças verificadas com a aplicação do conhecimento adquirido em relação às habilidades desenvolvidas para utilizar adequadamente os instrumentos normativos institucionais, objetos da aprendizagem desses cursos.
O Modelo Misto – onde as presenças do professor e do aluno são opcionais de acordo com as recomendações do projeto pedagógico do curso ou disciplina ofertada a distância. Nessa proposta é comum encontros presenciais entre professores e alunos.
Do ponto de vista acadêmico, o MEC como regulador da EaD no Brasil ainda exige que no modelo haja o encontro presencial em determinadas datas previstas para a avaliação da aprendizagem. No último encontro de especialistas convocados pelo MEC em abril de 2013, em São Paulo, para a revisão do marco regulatório, essa exigência foi fortemente criticada pelos especialistas presentes e deverá sofrer mudanças em breve.
Com o avanço vertiginoso das nTICs e o domínio gradativo de suas ferramentas educacionais, acredita-se que não há necessidade dessa exigência, que abre espaços para colocar em xeque o verdadeiro sentido e propósito da educação a distância.
Em relação à avaliação, esse modelo leva em conta fatores e contextos da mediação tecnológica que podem intervir nas funções citadas anteriormente durante a avalição da aprendizagem. Modelo Semipresencial – caracterizado pela oferta de cursos ou disciplinas presenciais, exigindo as presenças físicas do professor e do aluno, com a opção de momentos virtuais ou a distância, utilizando para isso a mediação tecnológico-digital disponível no ambiente web 2.0.
A medição da aprendizagem no modelo semipresencial ainda carrega o estigma do ensino presencial formal, devido ao projeto pedagógico que ampara a sua oferta.
A presença dos artefatos tecnológicos configurados para esse modelo, largamente utilizados na EaD, são considerados como fatores de flexibilização da aprendizagem fora das quatro paredes da sala de aula.
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NUNES, Renata Cristina. A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA É INOVADORA? – UMA REFLEXÃO. Disponível em: <http://www.abed.org.br/arquivos/Avaliacao_na_EaD_Enilton_Rocha.pdf>. Acesso em: 02 de dezembro de 2016.