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Docência na cibercultura


A internet com sua globalização, as tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), que se atualizam a todo momento provocam impactos na educação, contribuindo para a melhoria do ensino e aprendizagem tanto presencial como a distância.

Os modelos tradicionais passam por transformações através de metodologias ativas com transição contínua e cíclica.


Muito se observa que o ambiente educacional necessita de professores que possuam conhecimento e possam trabalhar no seu dia-a-dia com novas tecnologias que servem à educação e ao ensino a distância, com um novo olhar direcionado a esta modalidade que cresce gradualmente.



As plataformas que envolvem a cibercultura estão cada vez mais inseridas no universo educacional. As interfaces tecnológicas requerem uma formação continuada e atualizada.


A inclusão desta vertente requer incentivos para que se possa adequar o professor neste novo cenário. O conteúdo trabalhado para o ensino sofre modificações, interpretações e interferência com uma aplicação na forma colaborativa compondo a mediação e orientação ao aluno, como sendo o papel do professor.

A transmissão do conhecimento, as metas, o planejamento precisam de recursos disponíveis. As áreas de atuação humana e sua integração com as facilidades das telecomunicações possibilita a ampliação dos conhecimentos colaborando a formação continuada dos profissionais de educação.

A Educação a Distância no cenário da Educação Brasileira tem uma forte atuação na formação de vários perfis em educação.

A ampliação dos recursos com seu acesso, a crescente ampliação do EaD, as universidades, as escolas, os centros de ensino, as organizações empresariais, os grupos de profissionais de design e hipermídia lançam-se ao desenvolvimento de portais educacionais ou cursos a distância com suporte em ambientes digitais de aprendizagem.

O funcionamento se dá via internet para realizar tanto as tradicionais formas mecanicistas de transmitir conteúdos digitalizados como processos de comunicação multidirecional e produção colaborativa de conhecimento.

Conforme o autor Beiler et al. (2003), a cibercultura “é a atualidade sociotécnica informacional e comunicacional definida pela codificação digital (bits), isto é, pela digitalização, que garante o caráter plástico, hipertextual, interativo e tratável em tempo real de mensagem”.

Tomando como ponto de reflexão a cibercultura, outro pesquisador do mesmo tema afirma: A EaD explora certas técnicas de ensino a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede. Neste contexto, o professor é incentivado a tornar-se um animador da inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos (LÉVY, 1999).

Os imigrantes digitais compõem uma nova categoria que dispõem o quadro com os alunos intercedendo na comunicação e aprendizagem.

Este ambiente está fortemente inserido no conceito de cibercultura.

Segundo Lévy (1999), a cibercultura é o “conjunto de técnicas materiais e intelectuais, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores, que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.

A conexão mundial de computadores ou a grande globalização são os novos meios de comunicação que integram várias culturas e aprendizagem atuando diretamente no Ciberespaço.

A troca nesta sociedade, a cultura, as novas tecnologias digitais usam o ciberespaço para efetivar o canal de movimentação e mudanças para concretizar esta aprendizagem.

As pessoas em suas rotinas no dia-a-dia recebem todo o impacto da cibercultura através de simples compras na internet com cartões de crédito, celulares, mensagens, nuvem de dados para vários fins, assinaturas digitais entre outros.

O curso natural que tendencia a cibercultura é cada vez mais fomentado para a convivência no ciberespaço através de espaços coletivos por mediações e trocas.

Infelizmente muitos indivíduos ainda fazem parte do senso dos excluídos por este movimento. Nem sempre as escolas e universidades tem acesso a rede de dados e a comunicação de dados também é precária em suas casas. Muitos professores ainda realizam seus planejamentos, preparação de aulas ou mesmo uma interação com sua disciplina on line com seus alunos se torna desgastante por suas tentativas de inclusão.

A maioria dos professores que integram o quadro dos educadores brasileiros não navegam na internet permanecendo como excluídos. Muitas vezes sua interação com estes meios acontece somente por redes sociais que ainda assim ocorre muitas vezes por um aparelho móvel.

A cibercultura e os ambientes que fazem dele concorrem alterando a relação que existe entre professor e aluno auxiliando o compartilhamento da aprendizagem.

A inserção de docentes na cibercultura com a atuação de docência tanto presencial como on line é um fator que insere a continuidade da educação.

BELLONI, M. L. Educação a Distância. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.

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