Cidade de Mariana / MG - Brasil
- Carla Luczyk
- 5 de mai. de 2016
- 4 min de leitura
História
Mariana é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Com cerca de 58 mil habitantes, a economia local depende principalmente do turismo e da extração de minérios.
Mariana foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais. No século XVII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para o Império Português. Tornou-se a primeira capital mineira por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais.
Em comparação com outros municípios do estado, Mariana detém uma posição econômica de destaque, sendo que o seu produto interno bruto (PIB) é o maior da microrregião de Ouro Preto e o 10º maior entre os 853 municípios do estado.
História
A origem da cidade remonta ao final do século XVII. A região em que hoje se encontra o território das Minas Gerais pertencia à Capitania de Itanhaém, porém encontrava-se completamente inexplorado e sem colonização portuguesa. Assim, sob ordens dos Donatários da capitania de Itanhaém, bandeirantes oriundos de Taubaté , primeira cidade do Vale do Paraíba, começaram a explorar o sertão após a Serra da Mantiqueira chegavam à região em busca do ouro. Ainda na segunda metade do Século XVII, fundaram o primeiro núcleo colonial em território das futuras Minas Gerais, a primeira Vila mineira, sendo que a designação de Mariana veio mais tarde, em homenagem à rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V. Em 8 de abril de 1711 o governador do Rio de Janeiro Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho criou no arraial do Ribeirão do Carmo, a vila de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, confirmada por Carta Régia de 14 de abril de 1712 com o nome mudado para Vila Real de Nossa Senhora mudará de nome outra vez em 23 de abril de 1745 para Cidade Mariana, homenagem do rei D. João V de Portugal a D. Maria Ana de Áustria sua esposa.
Patrimônio arquitetônico
A cidade é considerada a primeira cidade planejada do estado de Minas Gerais e uma das primeiras do Brasil, projetada pelo engenheiro militar José Fernandes de Alpoim.[29] A maior parte do patrimônio arquitetônico está localizada no Centro Histórico, que se iniciou a partir de três praças:
Praça Gomes Freire: Conhecida na cidade simplesmente como O Jardim, a praça possui um coreto, um lago, uma fonte e vários canteiros. Cercada de bares, clubes e restaurantes, é um grande ponto de encontro dos habitantes.

Praça Minas Gerais: Essa praça, mais elevada que as outras duas, marca o início da parte alta do centro histórico. No aniversário da cidade, é assinado aqui a transferência simbólica da capital de Belo Horizonte para Mariana. Possui um pelourinho, e é onde se encontra a antiga Casa da Câmara e Cadeia, a Igreja São Francisco de Assis e a Igreja Nossa Senhora do Carmo. O contraste entre o estilo das duas igrejas cria um cenário único para quem chega a essa praça.

Museu de Arte Sacra de Mariana: Funciona em uma das mais belas construções em rococós do Brasil, a Casa Capitular, e possui mais de dois mil peças religiosas. Entre elas está a Fonte da Samaritana, uma escultura excepcional em rococó que fazia parte dos Jardins do Palácio dos Bispos, atual Museu da Música.

Museu da Música de Mariana - Funciona no Centro cultural Dom Frei Manuel da Cruz (antigo Palácio dos Bispos). Único museu deste gênero na América, possui em seu acervo documentos, partituras, impressos dos séculos XVIII ao XX, além de uma exposição permanente em que o visitante não vê somente, mas sente a música.

Prédio da Cúria: Pertence a arquidiocese de Mariana.
. Rua Direita: Possui os imóveis mais antigos da cidade, completamente conservados. Assim como a maior parte das casas do centro histórico, segue o estilo misto: espaço comercial no primeiro andar e residência nos superiores. Nela está localizada a casa deAlphonsus de Guimaraens, atualmente um museu em sua memória. O acervo do museu está em processo de digitalização.

Antigo Seminário: Atual ICHS (unidade do Campus Mariana da UFOP).

Seminário Maior São José: Bela construção em estilo neoclássico, com azulejos no frontispício e pinturas de Pietro Gentili e Nobäuer na capela e salões. Cercado de mata nativa, é acessível ao centro por uma pequena estrada calçada.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: Conhecida simplesmente como Igreja do Rosário, fica em um morro pouco afastado do centro, no bairro que leva seu nome.

Ponte Alphonsus de Guimarães: Mais conhecida como Ponte de Tábua, é a primeira ponte de tábuas de Minas Gerais, datada de 1713. Primeira ponte a cruzar o Rio do Carmo, é utilizada até hoje, apesar do caminho geralmente ser feita por outras pontes mais modernas. Liga o Centro ao bairro Rosário.

Igreja de Santo Antônio: A mais antiga da cidade, localizada no bairro homônimo.

Igreja de São Pedro dos Clérigos: Construída no final do ciclo do ouro, tem um estilo completamente diferente das outras igrejas históricas. Oficialmente, a igreja está incompleta, já que seu altar é feito basicamente de madeira talhada. Sua fachada, porém, é considerada uma das mais bonitas da cidade.
Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, em Passagem de Mariana.
Mina da Passagem, muito importante para a economia da cidade no ciclo do ouro. Atualmente a maior mina de ouro aberta ao público do mundo.
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